Backup e Recuperação: De quem é a responsabilidade?

Atualmente, os processos de backup e recuperação ainda são considerados pouco relevantes por grande parte das empresas. Mas afinal, de quem é a responsabilidade por estas rotinas?

Em geral, elas ficam sob responsabilidade da equipe da área de TI – interna ou terceirizada. Gestores e administração sequer têm conhecimento das rotinas existentes na empresa, bem como dos procedimentos realizados e do tempo necessário para a restauração em caso de desastre.

A documentação do processo é de extrema importância para todos os interessados na empresa. Sócios, gerentes, administradores e TI precisam estar alinhados quanto aos processos e recursos existentes, bem como prazos e custos envolvidos na prevenção e recuperação de desastres.

Este documento deve conter informações sobre a quantidade e descrição das rotinas de backup, como periodicidade, horários de realização, softwares utilizados, destinos, RPO, RTO, tempo de retenção e conteúdo/sistemas envolvidos, etc.

RPO e RTO: o que são e como afetam seu negócio

O objetivo principal da documentação é alinhar entre gestores e TI como se dará o processo de recuperação em caso de desastre. Isso é feito com base em parâmetros como o RPO (Recovery Point Objective) e RTO (Recovery Time Objective).

O RPO é o tempo máximo de perda de dados admitido pelo negócio. Exemplo: uma empresa tem uma única rotina de backup à noite. Porém, ocorre um desastre no final da tarde, que demanda o uso do backup. Então, todo o trabalho realizado no dia do desastre será perdido, pois o backup resgatado será do dia anterior. Ou seja: RPO de 24 horas. Já o RTO é o tempo que sua empresa leva para se recuperar por completo após um desastre.

Período de retenção do backup

Neste documento também é importante ficar claro o período de retenção do backup. E o que é tempo de retenção? É o tempo no passado que é possível recuperar a partir daquele backup específico. Os tempos de retenção de backup são os mais variados possíveis, de acordo com as necessidades de cada negócio.

Há backups que armazenam somente um dia. Outros, uma semana. E há ainda aqueles backups que podem armazenar anos e até décadas de dados. Portanto, caso haja tempos de retenção distintos em cada destino de backup, estes deverão ser especificados no documento para que haja amplo conhecimento desta informação.

Escopo do backup

Outras questões muito importantes dentro do processo de backup são: como ele será feito e o que estará incluso em seu escopo. Muitas empresas possuem backup apenas dos dados do seu ambiente. Mas, ficam com a errônea impressão de que contam com um backup completo de seus sistemas operacionais e softwares instalados nos servidores. Essa falta de alinhamento se deve à falta de documentação do processo de backup, e também pela falta de uma comunicação clara entre os responsáveis pela TI e os gestores da empresa.

Atualmente, há três formas principais de backup disponível para as empresas. Existem outras variações, mas podemos resumir essas três como as práticas mais comuns:

Backup apenas de dados

Solução que envia cópia dos dados (pastas da rede) e do banco de dados de sistemas para os destinos de backup internos e externos (nuvem) que a empresa possuir, em periodicidade a ser definida. Essa solução envia apenas os dados da empresa, não faz cópia dos sistemas operacionais e sistemas instalados nos servidores, bem como não faz cópia de servidores de e-mails.

Backup total com recuperação com base no último backup

Solução que enviará, em periodicidade a ser definida (podendo ser diversas vezes ao dia), backup de todo ambiente da empresa para os destinos de backup internos e externos (nuvem) que a empresa possuir. Essa solução envia backup das máquinas virtuais de todos os sistemas existentes nos servidores e mantém os sistemas disponíveis para rodar a partir da nuvem dentro de pouco tempo, em caso de desastre.

Replicação total do ambiente

Solução que replica online todo ambiente interno da empresa no provedor de serviços em nuvem que a empresa possuir. Essa solução replica todas as máquinas virtuais de todos os sistemas existentes nos servidores, e em caso de necessidade de utilização em um desastre, é utilizado o ambiente da nuvem para rodar os sistemas online.

Investimento X Tempo de Backup e Recuperação

O gráfico abaixo apresenta a relação Investimento x Tempo de Recuperação. Quanto menor o investimento em soluções de backup, maior é o tempo de recuperação do ambiente em caso de desastres.

É importante diferenciar e separar a documentação de backup e recuperação de desastres do Plano de Continuidade dos Serviços de TI. O Plano de Continuidade é um documento mais amplo, e conta com a avaliação e classificação de riscos e nível de maturidade em TI da empresa. Já a documentação de backup e recuperação de desastres é uma parte integrante deste documento maior, que é o Plano de Continuidade, que possui ainda diversas outras análises sobre a questão da Continuidade do Negócio.

Afinal, de quem é a responsabilidade pelo backup?

A minha resposta objetiva é: de todos. É de responsabilidade da equipe de TI criar as rotinas , executar, conferir, testar, e guiar a empresa na definição do processo de backup e recuperação de desastres.

Além disso, é também responsabilidade da equipe TI a documentação de todo o processo do backup. Cabe também à TI a apresentação das alternativas de backup disponíveis, bem como investimentos e benefícios para a empresa.

Porém, é de responsabilidade exclusiva dos gestores o alinhamento das práticas do backup com as necessidade do negócio, garantindo que o tempo de recuperação e tempo de perda de informações em caso de desastres estejam em níveis suportáveis, e com custos devidamente alinhado ao risco e à capacidade financeira do negócio.

Conte com a Rastek Soluções

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